quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A Folha Brava de 2004/ revitalização?

Revitalizar é tornar igual, estender o asfalto e o engarrafamento, refazer os mesmos erros. Encher de lojas, shoppings, farmácias e supermercados. Atrair milhares de pessoas afoitas de lucro ávido, preencher todos os espaços vazios, até seu esgotamento natural e conseqüente poluição. Limpar o terreno, cortar a mata, porque sempre cabe mais um abastado. Construir mansões e condomínios de luxo, contratar mil seguranças para vigia-las. Viver isolado em sua própria comunidade, atrair com isso o baixo clero de serviçais oriundas de outras regiões para lhes servir, que mais tarde viram a ocupar os morros vizinhos, porque o transporte coletivo é ineficiente e caro.
E o salário?. Uma vez desempregados com o crescimento da prole, servir de futuras ameaças.
A história se repete, primeiro como história, novamente como farsa.
Nosso papel é procurar entender, expor não de maneira não factual - este papel cumpre aos diários - mas sim relevar fatos atemporais e análogos que levem a reflexão. Onde a praia brava sirva como ponto de partida, ponta do iceberg de conceitos ecológicos e impacto ambiental.
Fazer a crítica que nos concerne, questionar prós e contras, citar alguns pensadores, algumas resenhas de livros, e escrever estas páginas. Servir apenas como mero registro de algo redundante, assim como lutar contra moinhos de vento. “pôr amor as causas perdidas”.

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