quarta-feira, 9 de junho de 2010

UM TEMPO PARADO, UM TEMPO IRADO

Estou parado já algum tempo, as estradas estão perigosas demais, mas outros projetos seguem.
Não estou viajando, não tem mais necessidades de escrever sobre eco- tragédias agora são comuns na grande Mídia.

P.S
Atualizando-
Vejo as tragédias de Janeiro de 2010 em Angra - e agora em 2011 em
PETRÓPOLIS e as demais cidades da Serra Fluminense, também em Minas e Sâo Paulo.

Difícil manter o otimismo, mas temos que ter fé no homem, que a consciência venha através dos seus erros, nas agressões ao meio ambiente.
A revolta da natureza só irá amenizar com o tempo e planejamento para evitar o máximo.
O que mais esperar, a não ser se solidarizar com as vítimas destas catástrofes.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Em nome da Proteção da Restinga !

Os projetos começam assim:
Proteção ambiental, tudo é feito em seu nome.

Os vastos espaços virgens, pequenos bares em cima da restinga que poluíam a praia Brava em Itajai, causavam impacto ambiental (na verdade visual).
* Foram discussões, audiências, etc, etc.

Alguns queriam o progresso, outros queriam a natureza intacta.
Hoje passados 5 anos os Mega projetos chegaram com tudo.

Em obras-

FOLHA BRAVA

Até o ano de 2004 a Praia Brava fora esquecida, assim manteve-se natural e livre, intocada.
Em nome da ecologia, da proteção da restinga, começou a limpeza étnica e a derrubada dos botecos.

Assim começou e terminou "A Folha brava" como simples manifesto:
Nada como o tempo para ver como não estava errada.
Repetindo:

EDITORIAL FEV 2004
"Áreas que deveriam ser de preservação permanente, observação pertinente
."

Esta folha nasce como breve relato, ou simples desabafo da iminente “morte” da Praia Brava.
Um anúncio do fim, inicialmente da poesia natural que habita lugares ainda esquecidos ou preservados.
Intocados até então pela mão do progresso, que acabam finalmente pôr ceder mais uma vez a especulação imobiliária ou sua “revitalização”.


Chamam de revitalizar o apagar das estrelas com a luz néon, calçadas para passear de salto alto e unhas pintadas com seu poodle.
Levar o asfalto até a porta de casa, fazendo make up em nome da ordem e progresso - O processo que chamam de revitalizar, nada mais é que: Especulação imobiliária, explosão demográfica, degeneração, poluição.

Continua no outro post

A Folha Brava de 2004/ revitalização?

Revitalizar é tornar igual, estender o asfalto e o engarrafamento, refazer os mesmos erros. Encher de lojas, shoppings, farmácias e supermercados. Atrair milhares de pessoas afoitas de lucro ávido, preencher todos os espaços vazios, até seu esgotamento natural e conseqüente poluição. Limpar o terreno, cortar a mata, porque sempre cabe mais um abastado. Construir mansões e condomínios de luxo, contratar mil seguranças para vigia-las. Viver isolado em sua própria comunidade, atrair com isso o baixo clero de serviçais oriundas de outras regiões para lhes servir, que mais tarde viram a ocupar os morros vizinhos, porque o transporte coletivo é ineficiente e caro.
E o salário?. Uma vez desempregados com o crescimento da prole, servir de futuras ameaças.
A história se repete, primeiro como história, novamente como farsa.
Nosso papel é procurar entender, expor não de maneira não factual - este papel cumpre aos diários - mas sim relevar fatos atemporais e análogos que levem a reflexão. Onde a praia brava sirva como ponto de partida, ponta do iceberg de conceitos ecológicos e impacto ambiental.
Fazer a crítica que nos concerne, questionar prós e contras, citar alguns pensadores, algumas resenhas de livros, e escrever estas páginas. Servir apenas como mero registro de algo redundante, assim como lutar contra moinhos de vento. “pôr amor as causas perdidas”.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Praia Brava- Help


Desci dois dias antes do Carnaval. Alugo meu Ap, pego o dinheiro suado de um Argentino que vem passar férias e fujo para o meu Porto.
Lá tem cinco mil habitantes abrangendo a area rural.
Na cidade umas mil e oitocentas pessoas, aposto que: oitocentas, vem para o litoral, enquanto eu subo na contra mão.
Aproveito enquanto posso, a Praia Brava, pois a cada ano, a especulação imobiliária avança e aquilo que, até o ano de 2004, era intocado pelo homem, agora ganha dimensões catastróficas com a verticalização.
Lembro de 2002/06 enquanto morei aqui e começou a tal especulaçäo dissimulada.
Eu escrevi ou tentei: A Folha Brava.
Lembro do Armandinho, antes da fama, passeando com seu cão, o Zorro.
Pessoa humilde, Lembro tambem quando ele fez, o íntimo show no Tribus bar. Só para chegados e sem a Orbeat saber.
Adoro sua música.
Mas Armandinho, me desculpe.
Você estava errado, quando fez toda essa propaganda...
" Praia Brava ali na Areia" , desculpa viu.
Acho eu, que hoje, deveria fazer um movimento contrário.
Caso não, o destino agente já sabe:
Isto vai virar uma Camboriu. Onde acorda-se com máquita na orelha e a construção civil não para.
Tudo tem um esgotamento e "o esgoto vai ficar ali na praia, ali na areia".

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Nova Máquina

Melo me presenteia com uma garrafa de conhaque Macieira de 1900... Do tempo do bar do Capitâo.
Abaixo
Tico no Porto desde 1945, pós guerra, continua saudável sereno...








Comprei equipamento novo esta em teste, é uma Olimpus E 420: Fotografo as máquinas velhas.
O Velho Porto, máquinas a vapor, pessoas com mais de 80 anos, velhos sábios que levam uma vida tranquila

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

TERRA EM TRANSE

Parece que quando comecei este blog estava meio desiludido, em crise pessoal e não deixa de ser, talvez reflexo do que estava percebendo na psicosfera global( isto foi quase treis anos atrás / maio 2007).
Resolvi apenas escrever para desabafar e poder ler depois, ver se estava errado.
Se era apenas uma viajem minha ou a loucura era planetária.
O modus vivendi, o consumismo exacerbado etc.
Isto tudo foi durante um período em que larguei tudo e de muita fobia consumista em nosso país, mais tarde crises financeiras mundiais ascenaram e a degradação ambiental tornou-se notícia diária, as mudanças no clima também, tudo vem acontecendo muito rápido.
Basta olhar para traz e ver que os acontecimentos climáticos ainda não estavam a todo vapor,como agora. Eram esporádicos e nos confortavam com notícias
- daqui a cem anos elevará o nível do mar, e poderá acontecer... isto ou aquilo.

Óbvio ninguém muda o mundo, difícil é mudar a si mesmo, eu tento fazer isto, quase todos os dias.
Aprendi e estou aprendendo a viver com cada vez menos.
Cortei uma porção de coisas supérfluas.
Posso constatar que há sem sombra de dúvidas uma aceleração nas tragédias locais e mundiais, resta observar-mos, as enchentes frequentes, o calor insuportável, sem falar do que aconteceu recente no Haiti.

Como diz aquela propaganda dos chinelos que não soltam as tiras
"Eu desejo para você cada vez menos." Menos correria, menos consumo, menos stress.

Estamos todos juntos nesta corrida e neste planeta e a melhor metáfora que consigo imaginar é aquela:

" O Titanic segue seu caminho a todo vapor para seu destino, crendo que o homem dará um jeitinho.
Eu cético, pessimista teórico e otimista prático, tento convencer meus colegas mais próximos e escravos a não colocar mais lenha nesta caldeira, para ganhar tempo..."